sexta-feira, 23 de março de 2012

O MOMENTO DA CRIAÇÃO DOS NÚMEROS

Deus, em Sua infinita sabedoria e bondade, criou o universo. Nele, colocou as suas criaturas: os seres vivos. A cada ser vivo corresponderia um planeta, para iluminá-lo no momento de seu nascimento e acompanhá-lo energeticamente por toda a vida. No entanto, Deus achou que só a energia do planeta não bastaria, e decidiu dar a cada ser vivo um número no momento de seu nascimento, já que Seus filhos, habitando este planeta, teriam maior facilidade para entender os números, do que os astros.

Chamou o primeiro filho, e disse-lhe:
“Querido filho, a ti darei o NÚMERO 1. Será sempre bata¬lhador. Lutarás muito, e todas as portas se abrirão para ti. Terás sucesso no que quiseres fazer, pois em ti está a semente do começar. Serás famoso e terás muitas conquistas. Brilharás tanto, que poderás ter de lutar contra a inveja e o despeito de outros filhos. Teu brilho será tão intenso, que a ti mesmo parecerá grandioso. No entanto, te darei tanto brilho, para que com ele possas iluminar a vida de meus outros filhos. Será essa a tua missão: clarear os caminhos de teus irmãos, com o teu próprio brilho. Se aqui voltares, tendo acumulado o brilho apenas para ti, te direi então que perdeste tempo. Tirarei teu brilho, para que possas entender a escuridão”.

Em seguida, o Pai bondoso chamou Seu segundo filho:
“Querido filho, a ti destinei o NÚMERO 2. Com ele conseguirás amar e juntar-te ao próximo. Sempre, em todos os momentos, necessitarás estar acompanhado. A solidão não te será frutífera. Luta sempre para estares com alguém. Carregará em ti a semente da união. Serás o responsável pela união de todos os teus irmãos. Sem ti, eles estarão soltos e dispersos pelo universo. Por isso, rogo-te, busca sempre o próximo, estando sempre ao lado dele. Somente conseguirás ter sucesso e ser feliz, se dividires tua vida com alguém. A ti caberá unir. Porque se meus filhos aqui retornarem, dispersos e desunidos, de ti cobrarei. A ti pedirei respostas, pois será por teus atos, tua mente e teu coração que teus irmãos permanecerão unidos”.
Prosseguindo, DEUS chamou o terceiro filho:

“A ti, querido filho, reservei a semente da multiplicação: te destinei o NÚMERO 3. Por teu ventre passará a vida. Em ti, teus irmãos encontrarão como se multiplicar. Estarás sempre destinado a servir, para que o mundo possa crescer. Nunca negues a ninguém, seja quem for, o direito da proliferação. Terás fala ampla e irrestrita, falarás todas as línguas e descobrirás todos os pensamentos. Captarás no ar aquilo que não puderes ver.
“Conquistarás a todos através da conversa, para que isso facilite a tua aproximação com a recriação. Terás talento de sobra para desenvolver a imaginação e a criatividade, para com isso procriares-te. Está em tuas mãos a manutenção da vida e das idéias, por ti passarão todas as esperanças e os sonhos, para que lhes dê a injeção da multiplicação.
“No entanto, rogo-te que multipliques sem te excederes. Não gastes tua energia em vão, descobre como usá-la sabiamente, mas nunca negues a possibilidade de desenvolvimento e crescimento. Quando aqui retornares, pedir-te-ei que, junto a mim, olhes rumo ao infinito para podermos avaliar a tua obra; se no universo houver vida abundante, terás sido um vitorioso”.

Chamando imediatamente o próximo filho, DEUS disse:
“A ti, querido filho, reservei o NÚMERO 4. Serás, entre todos os meus filhos, o único responsável pela solidez da vida e dos fatos desta. Aprenderás a criar raízes. Aprenderás a estruturar; em ti está o poder de perpetuar a vida. Com tua energia, conseguirás fazer com que as sementes plantadas por teus irmãos possam se perpetuar. A ti cabe a responsabilidade de manter as obras de teus irmãos para sempre. Se houver frutos dessas obras, tu forneceste o alicerce e a estrutura para a sua frutificação. Vê, teu trabalho não será fácil. Exigirá dedicação e, por vezes, muito trabalho e esforço; trabalharás arduamente e não virá a ti o retorno de tua obra. Pois a ti bastará apenas garantir a segurança, a estrutura e a solidez dos caminhos de teus irmãos.
“Como disse, a ti não virão os frutos, nem serás tu a colhê-los. No entanto, querido filho, posso te garantir que é para ti que reservo os maiores méritos. Pois quem trabalhar arduamente em meu nome, sem esperar reconhecimento, merecerá um lugar de destaque em meu reino”.

Chamando em seguida Seu próximo filho, disse:
“Querido filho, para ti reservei o poder da mudança. De posse do NÚMERO 5, serás o responsável pelas transformações na vida de teus irmãos. Carregarás contigo a facilidade de quebrar estruturas e derrubar barreiras; tudo o que tocares mudará e se transformará. Por isso, peço-te que, de tempos em tempos, visites teus irmãos um a um e, individualmente, observes suas vidas. Verifica o que não está de acordo, e procede à mudança, conservando aquilo que precisa e deve ser mantido. Como teus irmãos estarão espalhados pelo universo, terás a facilidade e a vontade de te locomoveres por longas distâncias, ou melhor, necessitarás disso. Serás então um pássaro errante sem moradia e sem ninho. Pois somente assim conseguirás avaliar o que deve ser mudado, e o que deve ser mantido”.

Em seguida, repleto de carinho, nosso Pai convocou Seu próximo filho:
“Para ti, querido pupilo, darei o NÚMERO 6. Com ele, poderás formar família, conseguirás conservar e manter a estrutura sentimental de teus irmãos. Serás aquele que carrega o amor em si. Cada vez que passares próximo a teus irmãos, uma nuvem singela envolverá cada um deles, para que sintam o quanto é importante amar.
“Vê que a ti não peço grande sacrifício. Pois, se observares o amor que tenho por ti, poderás então transmiti-lo a todos os que tocares, para que possas assim inspirar o amor na sua mais bela forma de expressão. No entanto, advirto-te de que essa paz e tranquilidade poderá te causar danos; nunca te acomodes. Nunca fiques sentado esperando a vida passar. És tu quem deverás estar sempre atento às necessidades afetivas de teus irmãos. Dar-te-ei mais: um lar, com o aconchego de teus entes queridos, para que possas assim, dentro de tua própria casa, exercitar o mandamento de teu destino”.

Prosseguindo, chamou o próximo filho e, com muita seriedade, disse-lhe:
“A ti, querido filho, reservei o NÚMERO 7. Quase sempre em tua vida serás mal entendido. Muitos não saberão como lidar contigo. É que te destinei para ser meu canal de comunicação com os demais filhos meus. Para isso, terás a facilidade de entrar em contato com o mundo não racional. Por ti, ¬ passará sempre um cordão de ligação comigo. Por ti, falarei a meus outros filhos. Tua missão não será fácil, pois, no mundo em que irás viver, poderás sucumbir às tentações de outras ligações que não comigo. Por isso, da vida terás que conhecer de tudo. Conhecer apenas não bastará, terás de entender profundamente a vida e as pessoas. Para isso, serás quieto, calmo e pensador. Peço-te que, sempre que não conseguires mais continuar nessa tua estrada, liga-te fortemente a mim e te mostrarei o caminho. Fica em paz, porque sempre estarei falando contigo. E usarei de ti para falar com todos os meus filhos”.

Assim que terminou, nosso Pai convocou o próximo filho:
“A ti, querido filho, darei o NÚMERO 8, e com ele todas as facilidades das moedas. Com ele, conseguirás acumular muita riqueza material, própria e específica do mundo físico. Com a vibração deste número, serás poderoso, influente e prestigiado por muitos, pois teus cofres estarão sempre cheios. E, para que lides com a moeda com a desenvoltura que ela solicita, te darei um poder visionário e, como te disse, não precisarás correr atrás das moedas, pois elas te encontrarão. No entanto, reflete muito sobre a posse das moedas. Se te dou tanta facilidade para adquiri-las, é porque deposito em ti a esperança de que faças justiça. Se utilizares do poder das moedas para financiar apenas teus projetos, ou para, pura e simplesmente, encher teus cofres, quando aqui retornares, cobrarei de ti por teus irmãos.
“Pois, no mundo físico, aquele que estiver sem as moedas, ou com poucas delas, sofrerá muito. Por isso é que te dou tanta facilidade para adquiri-las, na esperança de que irás reparti-las. Pois, em relação aos outros teus irmãos, quando necessitares da ajuda deles, eles te fornecerão seus dons, e não será justo que reserves somente para ti a facilidade que as moedas produzem no meio físico”.

Assim sendo e, ao terminar a reunião, DEUS chamou Seu último filho:
“Com você, amado filho, ainda terei de conversar muito. No momento, apenas te dou o NÚMERO 9. E, com a energia deste, sentirás uma necessidade incontrolável de amparar a todos indistintamente; serás o único filho que se preocupará com todos os outros indistintamente.
“Não conseguirás ser feliz, se a teu redor existir alguém infeliz. A tua felicidade dependerá do bem-estar de todos os teus irmãos. Amarás o universo das criaturas, e não uma a uma. Sentir-te-ás responsável por todas elas. E és realmente responsável por elas. Nunca exigirei de ti mais do que podes agüentar. Como tens de velar por todos os teus irmãos, te darei o poder da imortalidade. Pois nunca poderás morrer; estarás sempre vivo, e sempre cuidando deles. Tua vida é a vida de todos os demais. Assim serás feliz. Assim conseguirás imortalizar-te. Sei, amado filho, que tua tarefa não é cômoda. Por isso, providencio, agora, o nascimento em ti de dois auxiliares: de um lado, carregarás a intuição que te ajudará no entendimento do mundo e intensificará nossa ligação; poderás chamá-la de 11. De outro, carregarás a semente da sabedoria universal: com ela adquirirás a facilidade para entender as razões pelas quais teus irmãos cometem faltas e deslizes. E, com esse entendimento, poderás orientá-los adequadamente. Poderás chamá-lo de 22.
“Como vês, serás o único filho com dois auxiliares. Pois sei da labuta que terás de enfrentar. Rogo-te, nunca os abandones. Não te esqueças, amado filho, tu somente serás feliz se teu próximo também estiver feliz. Por isso, derrama felicidade por onde passares, para que teu próximo possa absorvê-la, e assim tornar-se feliz. Estando ele feliz, tu também serás feliz”.

Terminada a reunião, nosso amado Pai disse a todos os seus filhos:
“Queridos e amados filhos, chegou o momento da partida. Ide em direção ao infinito. Lá encontrareis a terra árida para trabalhardes. Depositei em vós tudo o que até agora pude desenvolver. Sois a minha esperança do futuro. Olharei por todos. Estarei sempre presente ao vosso lado. Nunca vos abandonarei. A cada um dei um talento desenvolvido; mas quero ainda dizer-vos que, apesar desse talento desenvolvido, em cada um de vós plantei também todas as outras sementes. Se, num determinado momento de vossas jornadas cósmicas, precisardes de outro talento que não seja esse que desenvolvi em vós, basta me pedirdes, que farei com que a semente solicitada germine dentro de vós. Assim vos criei, pois vos criei à minha semelhança. Razão pela qual sois iguais a mim”.


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